O que é azoospermia e quais são as opções de tratamento

O que é azoospermia? Essa dúvida é bastante comum entre homens que estão tentando ter filhos, mas acabam se deparando com esse diagnóstico no meio do caminho. 

Ouvir esse termo pela primeira vez pode assustar. Mas a verdade é que entender o que está acontecendo é o primeiro passo para lidar com a situação da melhor forma, com informação, clareza e um plano de cuidado bem definido.

Ao longo do texto, veremos de forma simples o que significa ter azoospermia, por que isso acontece e quais são as possibilidades reais de tratamento. Acompanhe!


O que é azoospermia e como ela pode impactar a fertilidade

Azoospermia é quando o sêmen do homem não apresenta espermatozoides. Desse modo, durante a ejaculação, o líquido sai normalmente, mas está “vazio” em relação ao que é necessário para fertilizar um óvulo. 

Isso não interfere na função sexual, nem altera a vida íntima. O problema está na fertilidade.

Muitos pacientes só descobrem que têm azoospermia quando começam a investigar por que a gravidez não está acontecendo. 

O espermograma é o exame básico para essa avaliação. Desse modo, quando o resultado mostra ausência de espermatozóides, é importante repetir em outro momento e com muito critério técnico, pois às vezes eles estão presentes em quantidades muito pequenas, o que chamamos de azoospermia críptica.


Por que a azoospermia acontece?

Existem basicamente duas causas principais para esse quadro: a azoospermia obstrutiva e a não obstrutiva.

Na forma obstrutiva, o corpo está produzindo espermatozóides normalmente, mas eles não conseguem sair.

É como se houvesse um bloqueio no caminho, pode ser algo congênito (presente desde o nascimento), consequência de infecções, cirurgias prévias ou até mesmo de uma vasectomia.

Já a não obstrutiva acontece quando o problema está na própria produção dos espermatozóides, geralmente nos testículos. 

Isso pode estar ligado a fatores genéticos, alterações hormonais, doenças específicas ou até causas ainda não totalmente compreendidas. Às vezes é reversível, às vezes não. Cada caso precisa de uma investigação cuidadosa.


A azoospermia causa algum sintoma?

Na maioria das vezes, a azoospermia não causa sintomas. O homem com azoospermia geralmente tem vida sexual normal, com libido, ereção e ejaculação preservadas. Por isso, o diagnóstico costuma ser uma surpresa.

Em alguns casos, podem surgir pistas como presença de varicocele, alterações no tamanho dos testículos ou ausência dos canais que transportam os espermatozoides, por exemplo.

Mas, na prática, só o espermograma mostrará com clareza o que está acontecendo.


Quais são os tratamentos possíveis?

A boa notícia é que, em muitos casos, mesmo com azoospermia, ainda é possível encontrar espermatozoides para usar em tratamentos de fertilização. 

O primeiro passo sempre é entender a causa. A partir disso, traçamos o caminho mais adequado.


Cirurgias reconstrutivas (quando há obstrução)

Se o problema for um bloqueio, como nas azoospermias obstrutivas, podemos avaliar a possibilidade de cirurgia para corrigir a passagem. 

Isso vale também para quem fez vasectomia e quer reverter. Os resultados podem ser bastante positivos desde que bem indicados.


Punção ou biópsia testicular

Quando não há espermatozóides no sêmen, é possível procurar diretamente nos testículos. 

Para isso, usamos técnicas como a PESA, TESE ou micro-TESE. Esta última é feita com auxílio de microscópio cirúrgico, o que aumenta as chances de sucesso.

Mesmo uma pequena quantidade de espermatozoides pode ser suficiente para realizar uma fertilização in vitro com a técnica de ICSI, em que um único espermatozóide é injetado dentro do óvulo.


Tratamentos hormonais

Se o problema estiver relacionado a desequilíbrios hormonais, podemos indicar medicamentos para estimular a produção dos espermatozoides. 

Isso exige acompanhamento de perto, porque o uso inadequado de hormônios pode atrapalhar ainda mais a fertilidade.


Banco de sêmen ou doação

Em situações em que realmente não conseguimos encontrar espermatozoides, nem no sêmen, nem nos testículos, existe a possibilidade de usar sêmen de doador. 

Essa é uma decisão muito pessoal e que precisa ser tomada com muito diálogo, respeito e acolhimento.


É possível prevenir a azoospermia?

Infelizmente, nem sempre é possível prevenir a azoospermia. Quando a causa é genética ou congênita, não há como evitar. 

Mas há sim atitudes que ajudam a preservar a fertilidade: evitar o uso de anabolizantes e esteróides, tratar infecções adequadamente, proteger os testículos contra traumas e fazer acompanhamento médico regular.

Além disso, é importante procurar ajuda se perceber qualquer alteração, por menor que pareça. O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença.


Um passo de cada vez

Receber o diagnóstico de azoospermia pode ser difícil. Mas é importante reforçar que isso não significa que a possibilidade de ter filhos acabou. 

Pelo contrário! Atualmente, temos recursos muito eficazes para investigar, tratar e até contornar essa condição em muitos casos.

Se você está passando por isso ou tem dúvidas sobre a sua fertilidade, saiba que não está sozinho. Cada caso tem sua história e o mais importante é olhar para ela com atenção, respeito e planejamento.

Meu papel é justamente esse: te escutar com calma, entender o que está por trás dos exames e oferecer um plano de cuidado individualizado. 

Sou o Dr. Lucas Claros, urologista. Se precisar de apoio nessa caminhada, estou aqui para te orientar em cada etapa, com responsabilidade, empatia e comprometimento com o que realmente importa para você! Clique aqui e agende uma consulta!