Disfunção sexual com necessidade de tratamento apresenta alta prevalência de Doenças Cardiovasculares (DCV).
Estudos enfatizaram a associação entre fatores de risco cardiovascular/metabólico e disfunção sexual. No geral, a disfunção erétil pode ser um alerta fiel e uma luz amarela que aponte a necessidade de uma ajuda profissional com o objetivo de rastrear doenças cardiovasculares assintomáticas, principalmente em homens com diabetes.
A disfunção erétil aumenta significativamente o risco de infarto e derrame.
São condições que devem ser bem conduzidas, pois aumentam o risco de vida e são independentes dos fatores de risco cardiovascular convencionais (ex: colesterol alto, grande circunferência abdominal, pressão alta, entre outros).
Um estudo observacional de 965 homens sem DCV mostrou que os mais jovens (especialmente aqueles <50 anos) com disfunção erétil transitória e persistente têm um risco aumentado de DCV de Framingham.
É possível estimar o risco de atividade sexual na maioria das vezes a partir de seu nível de tolerância ao exercício, que pode ser determinado em simples consultas de rotina com seu médico:
- A atividade sexual é equivalente a caminhar 1,6 km em 20 minutos ou
- Subir rapidamente dois lances de escada em 10 segundos ou
- Equivalente a quatro minutos da esteira do protocolo Bruce (teste ergométrico)
O baixo risco está tipicamente implícito na capacidade de realizar exercícios de intensidade moderada, que é definida como > 6 mets sem sintomas. Quem está no grupo de baixo risco não precisa de teste cardíaco, avaliação antes do início, retomada da atividade sexual ou terapia para disfunção sexual.
O risco intermediário consiste em quem tem uma condição cardíaca incerta ou cujo perfil de risco requer testes ou avaliação antes do reinício da atividade sexual. Com base nos resultados dos testes, esses pacientes podem ser transferidos para o grupo de alto ou baixo risco. Uma consulta de cardiologia pode ser necessária em algum momento para ajudar a determinar a segurança da atividade sexual.
Os altos riscos são em doenças cardíacas sintomática moderada à grave, o que leva a instabilidade para a atividade sexual e representa um risco significativo. A atividade sexual deve ser interrompida até que a condição cardíaca tenha sido estabilizada pelo tratamento, ou até que o cardiologista e/ou clínico decida que é seguro retomar a atividade sexual.
Se for o seu caso, procure ajuda.